Eficiência Energética: Quando Automação e Manutenção Trabalham Juntas

Na indústria moderna, eficiência não é apenas produzir mais, é produzir melhor, com o menor consumo possível de energia.
Em tempos de custos elevados e metas de sustentabilidade cada vez mais rigorosas, a eficiência energética tornou-se um dos pilares da competitividade industrial.

 

Mas o que garante essa eficiência?
Não é apenas a troca de equipamentos antigos por modelos novos, e sim a integração entre automação e manutenção.
Quando essas duas áreas trabalham em conjunto, o resultado é um sistema inteligente, confiável e energeticamente equilibrado.

 

O custo invisível da energia

 

A energia elétrica representa uma das maiores parcelas do custo operacional industrial.
Motores desbalanceados, sistemas pneumáticos com vazamento, painéis superaquecidos ou simples desalinhamentos mecânicos podem aumentar o consumo, e muitas vezes passam despercebidos.

Essas perdas são o “custo invisível” da ineficiência, que a automação e a manutenção podem eliminar.

 

A visão da automação: medir para otimizar

 

Automação é sinônimo de visibilidade.
Por meio de CLPs, sistemas SCADA e sensores inteligentes, é possível mapear o consumo energético de cada máquina em tempo real.

Esses dados revelam padrões:

 

• Motores que consomem mais em determinados turnos ou tipos de produção.
• Controle do consumo individual por prédios ou setores das principais energias: água, ar comprimido, energia elétrica, vapor e gás, por exemplo.
• Cargas que permanecem energizadas o pressurizadas mesmo em ociosidade.
• Planejamento de produção com previsibilidade real para aproveitamento de setups de máquinas (fornos, por exemplo).

Com base nessas informações, os engenheiros ajustam processos, otimizam comandos e reduzem desperdícios, eficiência baseada em dados, não em suposições.

 

A visão da manutenção: conservar para economizar

 

A energia também se perde por falta de conservação.
Motores com rolamentos desgastados, com vibração, sistemas hidráulicos com válvulas

A manutenção preditiva atua exatamente nesse ponto: sensores de vibração, temperatura e corrente detectam desvios antes que causem falhas, permitindo ajustes preventivos que reduzem o consumo e prolongam a vida útil dos equipamentos.

 

Quando automação e manutenção se unem

 

A verdadeira eficiência energética acontece quando os dois mundos se encontram.

A automação coleta os dados.
A manutenção interpreta e age sobre eles.
Essa integração cria um ciclo: diagnóstico → ação → economia → confiabilidade.

 

Exemplo:

Um motor trifásico de um exaustor começa a consumir mais corrente do que o normal.
O sistema SCADA identifica o aumento e gera um alerta.
O time de manutenção verifica e descobre um desalinhamento no eixo.

 

A equipe de compras tem o tempo necessário para comprar a reposição, ou reparo, com preços e prazos justos.
Após a chegada do eixo, é planejada uma parada de máquina para troca, evitando a quebra, a manutenção corretiva, o atraso de produção e o desperdício de energia.

 

Pequenas ações assim, quando replicadas em toda a planta, resultam em economias expressivas e maior disponibilidade operacional.

 

Benefícios concretos da eficiência energética

 

• Redução de custos com energia elétrica.
• Aumento da vida útil dos ativos industriais.
• Controle de manutenção preventiva e preditiva através de alarmes por tempo ou número de operações, de acordo com a vida útil de cada componente, filtro ou lubrificante.
• Melhor performance produtiva, sem sobrecarga de equipamentos.
• Conformidade com normas e políticas ESG.
• Retorno rápido sobre investimento, graças à integração de tecnologias já existentes.

Conclusão

 

A eficiência energética é o elo entre automação, manutenção e sustentabilidade.
Não se trata apenas de consumir menos, mas de fazer mais com o mesmo, com inteligência, integração e controle.

 

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